terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

MARUMBY - Opereta cômica - RESUMO DO LIBRETO

MARUMBY

Opereta cômica em três atos

Benedito  Nicolau dos Santos

(Estréia em Curitiba/PR, 1928)



1º Acto



Resumo do libreto

Loti, cavalheiro italiano, representante da grande fábrica italiana “Scanzone & Cia” exportadora de licores e vinhos selectos, reside já há algum tempo em Curytiba onde arrendou artística vivenda, n’um de seus bairros elegantes.

Relacionado nas melhores rodas sociaes em virtude de sua posição e recursos financeiros, desconhece a língua e costumes do povo. Na noite da neve em Curytiba, elle se acha no Café Brazil em companhia de um seu empregado e interprete.

Com o rigor do inverno entrou em moda nos cafés, bares e confeitarias a “Marumby” (morreteana com mel) como preventivo de constipados e pulmonias.

Os gymnasianos que aboliram o uso do chapéu organizam o “Bloco Marumby”, acclama à Salomé – operária do estabelecimento de Loti – a rainha da Boina e saem à rua em manifestação. A passeata entra a rua 15 e para à porta do Café Brazil que invadem cantando, dominando o ambiente com expontanea algazarra, discursos e alegria. Atiram indirectas a Loti que está de cartola.

Pedem depois aos circumstantes dois minutos de eclypse dos chapeos em homenagem à “Senhorita Biona” novamente acclamada em tróca do título de “rainha”.

Loti reluta em tirar a cartola que lhe é arrebatada. Entra no momento o Coronél Symphronio da Conceição Sá, pessoa rústica e pouco affecta à vida da Capital. Obrigam-no os estudantes a tirar o chapéo e convencem-no de trocar o nome. Entra a seguir o Tóta, cinhado e compadre de Symphronio que anda a sua procura.

Os estudantes obrigam-no também a tirar o chapéo. Loti protesta de não lhe entregarem a cartola. Os estudantes chasqueiam-no. Faz-se o tumulto e com o apito de soccorro policial os estudantes fogem abandonando Salomé.

Loti reconhece a sua empregada e a recrimina de vir alli parar d’aquella forma. Salomé que conhece em segredo a mania musical de Loti justifica-se e domina-o com se canto e graça. Symphronio e Tóta attraídos também pela música tomam parte na dança na occasião em que apparece o Delegado policial já informado pelo garçon dos motivos e pessoas envolvida no tumulto dos estudantes. Loti se apresenta como pessoa de alta categoria.

O Delegado depois de obter as precisas informações julga o caso frívolo e sem importancia e acceita o convite de Loti para assentar-se à sua meza. Fóra o tempo continua inclemente. Faz-se tarde e Salomé ancia-se por morar no bairro do Cajurú e não ter voltado, como devia, mais cedo para casa. O Delegado a socéga promettendo mandar conduzil-a de auto. Symphronio protesta. Loti também protesta e o Delegado propõe um accordo satisfatório.

Dá-se a interrupção da luz.

A fada protectora de Curityba apparece e descreve a sua beleza actual, o seu passado de sonhos e serenatas e annuncia a queda da neve como o seu véo de noivado.

2º Acto

Resumo do libreto
Madrugada de neve no Cajurú. A natureza estremece e desperta do torpôr noturno. Seis horas soam n’um campanário longínquo. A fada protectora surge e annuncia a belleza do dia.
O coro interno e a musica descrevem a placidez da manhã que precede o grandioso espectaclo e que nos offerece a rotação da Terra em torno do Astro rei.
O bello na natureza não consegue dominar a brutalidade irracional dos homens. Fére-se um duelo de morte entre Loti e Symphronio por causa de uma creatra despotregido, um pássaro cantor que felizmente entra a tempo de cortar o duelo e domar com seu camto a estúpida briga dos rivaes;
Restabelecida a paz por instantes, Salomé foge para sua casa, perseguida pelos rivaes e os curiosos dispersam. Francisco fica só com um campônio que lhe propõe um negócio.
O Tóta chega na occasião e aceita o negócio. Loti e Symphronio que já tem tomado o café da manhã na casita de Salomé voltam alegres em sua companhia. Symphronio surprehende-se com a inesperada presença de seu cunhado. Altera-se novamente a paz e o conflicto é imminente. Salomé intervem com o seu Canto. Tóta enthusiasma-se com o lindo trecho poético e Salomé o provoca para melhor sentir a alma do sertanejo. Symphronio irrita-se de ciúmes. Tóta descreve a alma cabocla e convida Salomé a ir para o sertão. Graciosamente e por coquetteria ella corresponde.
Tóta eleva-se mais de enthusiasmo e canta e dança m samba caipira que o côro acompanha. Symphronio irritado desafia-o e se faz o tumulto. Na placidez do CEO divisa-se as cores da aurora.
Loti faz um appello aos belligerantes concitando-os a paz ante a belleza da luz matinal que illumina a branca paysagem serena das nossas campanhas.
Faz ainda o convite para uma festa na sua “Villa” à noite desse dia. Symphronio sempre irritado procura aggravar algém. Loti. Cja alma de artista se affinisa com a de Salomé é a victima predilecta dos destemperos e ciúmes de Symphronio. Loti vê-se obrigado de quebrar, por vezes, a sai linha distincta. Ao último arranco estúpido de Symphronio surge o Sol deslumbrante em cujo disco resalta a silhueta magestosa do pico do Marumby. A paz se restabelece entre Loti e Symphronio. Salomé acclama a Symphronio – o Coronel Marumby – em homenagem à orgulhosa montanha. Loti acha original a lembrança para equilíbrio e perfeita harmonia.
O côro entoa a marcha triumphal do Marumby onde se decanta as bellezas do Paraná.


3º Acto

Resumo do libreto
No artístico parque de sua residência Loti prepara e organisa uma festa à veneziana aproveitando a occasião para regosijos pelo advento do saborozo licor “Marumby” a ser adoptado pela grande fabrica italiana “Scanzone & Cia”.
Salomé de qem Loti annunciára aos convivas os méritos de cantora e a singlar formosura, comparece. Para maior brillho e phantasia da festa, Lloti veste os seus empregados, e à Salomé e Symphronio com indumentária apropriada ao artístico festival. Bailarinas e bailarinos foram contratados.
Loti que se faz espontâneo protector está tomado de amor sincero por Salomé e procura conquistar o seu affecto com o esplendor de sua festa. Está certo do ridículo em que deixará a Symphronio que, por exclusiva bestialidade, se tem sempre interposto às suas delicadas pretenções. Symphronio sente-se de facto cair no ridículo ante aquella sociedade distincta e dá por mãos e pés, indignado com o espírito de ironias das damas e cavalheiros presentes. Para maior estupidez entrega-se a contínuas libações a ponto de embriagar-se seriamente e dizer estultícies.
Loti vê a necessidade de cortar o programma e convida os presentes a irem ao interior da Villa afim de obsequial-os.
Abre a marcha com Salomé. Symphronio esqecidos de todos vae ao Buffet para continuar a embebedar-se. Salomé por impulsivo entusiasmo volta a buscal-o e o conduz cambaleante ao interior.
Entra Tóta que se extasia ante a belleza do parque. Dá com Francisco que se demoro em arrumar objectos. Indaga do cunhado e de Salomé e communica ter trazido ma vintena de sertanejos para conduzir o cunhado aconteça o qe acontecer. Francisco atemoriza-se e pede calma para não ser estragada a festa do patrão. Tótia faz uma demonstração de força e valentia ingênita na velha raça tindiquerana.
Convida aos sertanejos a baterem a fandango caboclo emquanto o pessoaç da casa se banqueteia.
Rompe a “tyranna” e os convivas, jlgando ser ma nova surpreza de Loti voltam ao parqe. Tóta solta o grito de guerra e intima o pessoal a guardar distância. Vê o cunhado e interpella-o. Completamente dominado pelo álcool, Symphronio deixa-se conduzir, sem relutância. Tóta intima a Salomé a se decidir. Loti vê o perigo, quer defendel-a mas tem de recuar ante a garrcha de Tóta. Os sertanejos aguardam a ordem de ataque.
Loti appella para Raphael. Este, intervem com mais coragem e pede m momento de espera.
Tótta solta o grito de assalto ao tempo em que desce o panno para preparo de apotheóse à belleza de Curityba.




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